Contabilidade Ambiental

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Ativo, passivo, perdas, ganhos, balanço empresarial. São palavras que pouca gente – que não é ligada ao setor – conhece. Imagine toda a população ter acesso ao balanço contábil de uma grande, média ou pequena empresa, aonde fossem mostrados os ganhos e as perdas relativas ao meio ambiente. Quanto a sua empresa fez em favor do meio ambiente? Quanto a sua empresa agrediu o meio ambiente? São números pouco conhecidos, porém muito necessários para o melhoramento do seu produto, da sua empresa.

A 100PORCENTO Consult tem feito vários trabalhos em organizações interessadas em saber dos seus ativos e passivos ambientais, particularmente nas usinas, bastante comuns na Zona da Mata, não só em Pernambuco, mas em toda região Nordeste. A contabilidade ambiental permite que o empresário possa avaliar corretamente o custo efetivo do seu produto. Para Fernando Caldas, presidente da 100PORCENTO Consult, a contabilidade ambiental nada mais é que um instrumento de gestão efetiva. Com essa ferramenta, o empresário irá poder mensurar qual é o real custo do seu produto e o custo do impacto ambiental que a sua operação está gerando. Seja por excesso de resíduo, quando não está dando o efetivo retorno ao meio ambiente, seja pela degradação que ele venha a causar.

Nos primórdios do ofício, a Contabilidade se preocupava apenas com o registro do patrimônio, o financeiro e o registro econômico da empresa. Com a evolução natural, passou também a preocupar-se em registrar a gestão do conhecimento na contabilidade das grandes organizações mundiais. Hoje, a grande preocupação é com o meio ambiente, com as agressões causadas pelo homem e com o provável colapso do planeta, caso não haja uma reação do homem para inverter o curso dessa

Após o Eco-92, no Rio de Janeiro, o Ibracon – Instituto Brasileiro de Contabilidade lançou uma norma para que, a partir de então, as empresas se preocupassem em demonstrar em seus balanços, seu nível de controle ambiental. Porém, o empresário brasileiro ainda não tem essa consciência tão clara sobre a importância dessa ação.  Segundo Caldas, as empresas têm a consciência, porém ainda não praticam o conceito.

O item 23 da NPA 11 (Norma de Procedimento de Auditoria) é claro ao expressar que “ao auditor independente competirá examinar as revelações contidas nas Demonstrações Contábeis e se certificar de que todos os Passivos Ambientais estão, realmente, refletidos nas aludidas peças contábeis e sua nota explicativa sobre a situação ambiental da empresa (Ecobalanço).”

O ativo ambiental é todo aquele investimento que uma empresa venha a fazer e que a sociedade tome conhecimento, não só da operação, mas da sua preocupação em relação à preservação da água, do ar e do solo. Uma empresa preocupada em publicar, nas suas demonstrações contábeis, seus ativos e passivos ambientais, está fazendo o caminho certo.

“As empresas que têm um produto e o querem exportar, e trabalham com esse conceito reconhecendo isso na sua contabilidade (sendo auditado, logicamente, e existindo uma opinião independente sobre tudo aquilo que está sendo apresentado), têm uma vantagem competitiva em relação às outras organizações que não possuem essa preocupação. Aí entra o conceito do selo ambiental, emitido pelas agências reguladoras européias. Não basta seu produto estar com o selo ambiental, e não estar reconhecido na contabilidade da organização. Por isso, empresas que partem pra esse conceito, elas vão gozar de benefícios que hoje são ofertados pelo mercado a nível mundial.”, ressaltou Fernando

Para que as empresas adotem essa consciência ambiental, a equipe de consultores da 100PORCENTO vem trabalhando intensamente para que essa semente seja plantada em todas as organizações do Estado e da região nordeste. “Infelizmente, no Brasil as empresas só adotam as normas quando elas tornam-se uma exigência legal e não um fator gerencial, como é o conceito da contabilidade”, finalizou Caldas.

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